segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

They Got Nothing On You, Baby.


Tryouts.
Então. Primeiro final de semana na Alemanha! 
Na noite anterior, minha Gästmutter me disse que o café da manhã seria às dez. Primeira vez que tinha marcado qualquer coisa com ela, não queria me atrasar (ficarão todos felizes em saber que eu ainda não me atrasei pra nada! Para nenhum café da manhã, jantar ou até mesmo aula! Há!). Nove horas meu relógio despertou. Sim, meu medo de chegar atrasada é tão longo quanto uma hora. Me arrumei e desci. Lá estava a mesinha pronta, como sempre está, com nutella, pães diferenciados, croissants, café, suco de laranja, pasta de amendoim (acho que devíamos parar um pouco por aqui e analisar essa última informação. Pasta de amendoim, cara! Pronto), yogurte e mais seila, mil coisas. Foi ótimo. É ótimo sempre (menos Segunda de manhã, quando acordei tarde demais). Durante o café, minha Gästmutter disse que precisava ir em uma feira. E a gente foi. A gente foi até um bairro que chama Schöneberg. Lá, primeiro a gente parou numa loja de balões, depois na Woolworth (onde comprei uma base de maquiagem que custo um euro e pouco! UHUL). Depois então fomos à feira. Ah, aquela manhã foi legal. Apesar de que eu acredito que já eram duas horas da tarde, eu acabei só descobrindo isso depois. Primeiro a gente comprou algumas flores. Depois andando um pouco mais, paramos numa barraquinha de comida. Minha Gästmutter me explicou que era dde uma comida típica de Berlim. Currywurst. Apesar de eu normalmente não comer Wurst (que é carne), eu queria experimentar tudo que eu pudesse que fosse diferente. Então experimentei. E me apaixonei um pouquinho. E depois ainda comi seilaoque da Áustria de um cara muito austríaco. Daqueles que seria bem mais convincente como capitão Von Trapp se ele não tivesse que atuar. Depois disso fomos numa papelaria, onde achei 10 canetas STABILO por menos de 5 euros! Outra aquisição feliz! 
Depois disso, voltamos pra casa. Testei a internet, vi que funcionava (Wi-Fi!) e resolvi atualizar as pessoas. Com três horas de diferença, só consegui falar com aquelas que se atreveram a estar de pé ao meio-dia. Depois disso, minha Gästmutter me levou na casa de um casal que também ta abrigando uma estudante (da Bélgica). Esse casal morou em São Paulo durante 4 anos. A nossa conversa ficou mais ou menos em inglês/alemão/português.
Depois disso, voltei pra casa, fiquei falando com a galera no msn e dormi. Antes das nove. Reflita.

Oh, La La.
Então isso foi o que aconteceu no Sábado. Mas eu queria contar o que eu vi no Sábado. Claro que o Currywurst e as canetas STABILO foram visões maravilhosas. Mas o caminho até Schöneberg foi melhor ainda. Na Sexta de noite, nem   tinha visto nada. Estava bem escuro quando peguei o táxi. Então quando saímos de carro no Sábado de manhã, foi a primeira vez que eu olhei para a vizinhança. Ah, e que vinhança! É até engraçado, na verdade, pensar que possa existir um bairro assim. Acho muito estranho pensar que essas pessoas moram por aqui como se não fosse nada. Como se fosse somente outro bairro, outra casa. Como se todas as casas não fossem completamente maravilhosas. Como se todos os prédios baixos e angulosos não fossem completamente maravilhosos. Eu não conseguia parar de sorrir, olhando pela janela e dizendo, 'Que casas lindas'. Parece montagem. Um cenário, sei lá. As casas maravilhosas e antigas com árvores secas na frente. As pessoas todas com roupas de frio. Que, aliás, eu ainda não sei usar. Quem tiver dicas de como enrolar seu cachecol, eu aceito.
Até hoje que eu já andei algumas vezes na frente das mesmas casas, ainda assim eu me impressiono. Nenhuma delas é igual a outra. Mesmo quando são parecidas, são diferentes. E estilosas. Nenhuma é simples. E acabei descobrindo que é assim em outros bairros também. Claro, mais perto de Potsdamerplatz ou Friedrichstrasse as coisas são um pouco mais modernas. Mas nunca chegam perto de São Paulo.
Imagina esse cenário na neve!

Sunday With No Sun.
No domingo, tomei café no horário certo, depois enrolei até umas duas da tarde. Ia encontrar uma amiga às quatro e imaginei que duas horas fosse o suficiente para eu me perder e me encontrar. Ainda bem que foi. Acabei indo para o lado errado e tendo que voltar metade do caminho, mas pelo menos eu acabei chegando na Mexikoplatz, estação do S-Bahn. Enquanto eu esperava lá, sentada no ponto de ônibus, vi a pessoa mais linda da face da terra descer do ônibus. Valeu a pena ter me perdido.
Depois subi pra plataforma do S-Bahn. Não tinha ninguém lá. Acontece que em Berlim, é fisicamente possível você entrar no S-Bahn ou no U-Bahn sem bilhete. Não tem catraca. Você entra na plataforma e vê o trem. E entra quando quiser. E acontece também que o bilhete só serve para quando tiver alguém checando. O que quase nunca tem. Mas mesmo assim. Quando a minha amiga chegou, me ensinou a comprar um bilhete e a validá-lo. Depois fomos até Potsdamerplatz, para eu comprar um Monatekarte. Só que, assim que chegamos, vimos uma Müller. Loja mais perfeita que existe. Bom, para mulheres, é uma das. Ficamos tanto tempo lá dentro, felizes da vida, que quando saímos, a bilheteria tinha fechado. Fomos até Friedrichstrasse (a intenção era ir até Alexanderplatz, mas tava ficando tarde, resolvi voltar). Acabei ficando sentada na plataforma errada por tempo demais (tinha outra pessoa linda na minha frente. Valia a pena). Quando percebi que estava errada, fui para a minha. E logo voltei pra casa. No caminho pra casa, percebi que meu bilhete já tinha perdido valor (lindo, Laura). Mas ninguém checou. Triste da minha parte. Andei desde o S-Bahn a pé.
O mais legal de andar a pé no frio é que, de vez enquando, você pode colocar a mão na cara e ver que seu rosto está dormente. Juro.
Depois que cheguei em casa, jantei com a minha Gästmutter e o filho dela (que é bem legal e fala bem Inglês - não vou contar como sei disso). E então, falei mais com a galera do Brasil (vocês, amores! Haha) e fui dormir. Às nove. Como farei agora.



L.

1 comentários:

Unknown disse...

nossa, deve está sendo demais. Quero ver fotos das casas, dos prédios, da cidade. (fiquei super imaginando enquanto lia, e como futura arquiteta já estou lhouca para conhecer Berlim e sua arquitetura e urbanismo.) Dormir as nove e comer carne ? reflita na menina depois de Berlim. hihi
te amo e continue nos escrevendo. :*

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