domingo, 6 de fevereiro de 2011

Greetings From Berlin!

Post especial em português para todos aqueles que querem que eu conte as novidades. E vai por capítulos.


Bonjour, AirFrance
Sempre fui um pouco apreensiva com aviões. Só a idéia, na verdade, já que nunca tinha viajado de avião. Mas isso é besteira. Porque avião é a coisa mais legal que existe. Isso, se você estiver viajando na classe executiva. Tinham me falado que só a viagem de avião já seria demais, mas eu não tinha acreditado. Minha poltrona era enorme. Cabia duas pessoas sentadas juntas. E ela reclinava até 180 graus. Na parte de botões para reclinar e tals, tinha um botão bem interessante. Um botão de massagem. Pois é. Durante um turbulência em cima do Atlântico, eu tive que apertar meus cintos enquanto assistia Friends, tomava champagne e recebia uma massagem da minha poltrona.
Antes do jantar, recebi um menu para poder escolher tudo que eu fosse comer. Sabe, de entrada, de prato principal, de sobremesa, essas coisas. As opções eram todas complicadas demais para mim, e eu não sabia o que escolher. Meia hora depois, quando vieram me perguntar o que eu comeria, escolhi o prato do dia por facilidade. E foi quando descobriram que eu era brasileira. Até então, estava conseguindo me comunicar muito bem em Francês. Aí eu não entendo uma coisinha, e pronto. 'A senhora é brasileira ?' Yes, dammit.
Uma codorna assada no molho de seilaoque depois, resolvi assisti a um filme. Não tive dúvidas sobre qual ver, quando achei no menu o filme Salt. Ah, Salt! Acho que eu amo esse filme viu. Mas parei no meio. De sono. E dormi. Reclinei minha cadeira em 180 graus, me cobri com a mantinha, apoiei minha cabeça no travesseiro enorme que eu recebi, e dormi. 
Depois de poucas horas (sei que não dormi muito), acordei com o aviso de apertar os cintos. Outra turbulência. U-hul. Mas passou logo. E foi fraca. Abri a janela pra ver se conseguia ver o mar. Queria tanto ver o mar. Mas normalmente só dava pra ver as nuvens. Não dessa vez. Dessa vez, eu consegui ver o nascer do sol. Ele começava na linha do horizonte, onde dava para ver o movimento do mar. E começava bem vermelho. Ia para o laranja, amarelo, verde claro, azul claro, azul escuro, roxo e terminava no céu ainda preto. Pouco depois a gente passou por cima de Las Palmas (no menu da televisão tinha a opção de seguir o plano de vôo pra saber onde estávamos e coisa assim). A ilha ainda estava acesa, pois para eles ainda estava de noite. E junto com o nascer do sol, ficou lindo. 
Quando a gente estava chegando na Europa, teve um momento sem nuvens. E foi bem quando a gente tava entrando mesmo na Europa. Eu consegui ver a costa de Portugal. Bem legal.
Bom, de resto da viagem, só queria dizer que amava minha televisão. E que brinquei muito de receber massagem. Andei assistindo Sex And The City, Grey's Anatomy, Two And A Half Men, Friends. Estava bem feliz quando cheguei no Charles De Gaulle.
Passando por cima da parte mais rural de Paris, era até engraçado. A terra era dividida em quadrados, alguns verdes, alguns marrons, alguns listrados. Era bem bonito também. Mas teria sido bom se a gente tivesse passado por Paris mesmo. Sabe, pra arranhar o avião com a ponta da Torre Eiffel.

Charles de Gaulle, Frankfurt Main e Berlin Tegel.
Chegar no Charles de Gaulle foi ótimo. Estava super feliz, tinha acabado de viajar no melhor jeito possível. Bem alimentada (o café da manhã foi ainda melhor que o jantar!). Descansada. E a aterrissagem é ainda mais legal do que a decolagem. Parei na primeira mulher de uniforme que vi fora do avião e perguntei onde eu devia ir. Ela me apontou um caminho e falou que era no 2D. Ah, maldito 2D. Eu andei tanto atrás desse 2D, que se eu tivesse andado mais dois metros, tinha chegado em Frankfurt a pé. Mas oks. Exageros a parte, me perdi mais umas mil vezes (ou pelo menos perguntei mais umas mil vezes onde eu estava e que horas eram e tals). Quando achava que tinha me achado, resolvi parar na Relax só pra ver como era. E vi mil coisinhas de turista em Paris. Até vi o globinho que levanta 'neve' se você chacoalha. Adorável. Mas não comprei nada. Nem o esmalte Chanel por 16 euros.
Acabei achando meu portão. Entrei no mini avião, sentei na triste cadeira, e comi a simples comida. Gostei muito mais da outra viagem. Mas a aeromoça dessa era super legal. Ela falava comigo em Francês e eu entendia tudo. Me deixou bem feliz. Até eu começar a passar mal. Entre beber água e respirar fundo, acabei chegando viva em Frankfurt.
Senti o choque de línguas já em Frankfurt. Alemão é tão desanimador. Haha. Por que, meu deus, por que que eu ainda insisto em aprender essa língua ? Bom. Entre mil alemães, eu sentei na sala de espera da Air Berlin e fiquei lendo lá. Todo mundo falando alemão tava mesmo começando a me assustar. O avião atrasou. Acabou saindo na hora que era para chegar. A viagem foi de menos de uma hora. Mas eu já estava morrendo de sono e cansada. Nem vi a viagem. Nem comi nenhuma comida ruim. Pelo menos alemães falando inglês é um pouco melhor do que franceses falando inglês. Nossa, franceses falando inglês é triste, viu. Eu tive que me esforçar a entender o que eles estavam falando em francês, porque em inglês era impossível.
Chegando em Berlim, eu só tive que pegar minha mala e um táxi. Não foi nada difícil. Consegui falar bem com o taxista que não só falava Inglês, como estava ouvindo música clássica. Fala sério, só na Alemanha mesmo.

Home, Sweet Home.
Yeah, right. Tava escuro e eu não conseguia achar a casa. E eu ficava entrando no quintal das casas das pessoas, batendo na janela delas, esperando que elas me ajudassem. Todas ajudaram. Até o cara lindo que mora aqui do lado (e que, pelo que eu entendi, é casado com uma brasileira). Quando eu finalmente percebi que tava procurando errado, acabei achando a casa certa. E conheci a Katharina. 
Não fiz mais nada. Só tomei banho rápido e fui dormir. Quentinha, finalmente.
Agora, conto do final de semana depois, oks ? Preciso ir tomar café e descobrir o que eu vou fazer hoje.


L.

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