domingo, 10 de abril de 2011

All Reason Aside, I Just Can't Deny.

Deixe-me explicar minhas razões para não ter postado mais aqui: Preguiça. E falta do que falar. Claro, eu fui para Copenhague, poderia muito bem falar sobre como estava frio, como a língua é esquisita, como eu odeio o dinheiro dinamarquês e como os dinamarqueses são lindos. Mas me parece um pouco sem graça. Sem contar que passei a semana seguinte ocupada, e as idéias sobre Copenhague desaparecem com o tempo. Sobre a balsa, nem tanto. Muito esquisito. Mas nem passei mal.
Espera, preciso fazer isso direito.

København.
A viagem para Copenhague começou às quatro horas da tarde da sexta-feira do dia 25/03.  A gente entrou no ônibus e se preparou para uma viagem de 8 horas. No ônibus, as televisões não mostravam filmes ou coisa parecida. Mostravam o mapa e onde nós estávamos em relação a ele. Indo em direção a Rostock. E depois de chegar em Rostock, a gente entrou na balsa com o ônibus. Tínhamos que descer do ônibus e ir explorar a balsa por algumas horas. Não fiquei enjoada. Só um pouco tonta. Mas ficar no vento, olhando o mar foi bem legal. Claro, não dava para ficar lá por muito tempo (eu tentei, mas meus amigos não deixaram). Aparentemente existe um certo risco de ficar doente. Há. Mas ajudava a passar um pouco a tontura.
Na verdade, a viagem de balsa demorou pouco. Logo voltamos para o ônibus e estávamos na estrada de novo. A viagem de ida e de volta foi ótima. Achei que fosse me cansar, mas foi ótima.
Assim que chegamos em Copenhague, começamos a andar em direção ao hostel (fomos a todos os lugares a pé, e nem eu reclamei). Só a ida até o hostel já me provou que eu estava errada sobre duas coisas. Eu achava que a Alemanha tinha os caras mais bonitos. E a maior quantidade de bicicletas. Aparentemente, quanto mais frio o país, mais bonitas as pessoas e maior a quantidade de bicicletas. Acredite.
Me ajeitei fácil no quarto (que eu estava dividindo com outras 11 pessoas), escolhi rápido meu lugar no beliche. E logo estávamos todos sentados no salão de jogos do hostel, bebendo nossos drinks improvisados, assistindo clipes de um canal dinamarquês. Detalhe, com brasileiros na mesa do lado - brasileiros e outros estrangeiros. E depois do toque de recolher, eu fui com alguns amigos para uma balada dinamarquesa (amigos com os quais eu passei praticamente a próxima semana inteira).
E a balada foi boa. A música não era muito boa. Nem chegava aos pés da música da balada onde fomos uma semana depois. Mas foi o suficiente para eu ver os dinamarqueses dançando. E meus amigos suíços. Um deles, que é muito divertido, tentava dançar como eu danço. E era bem engraçado vê-lo tentando rebolar. Já os outros, balançando suas mãos no ar, sem conseguirem separar o tronco do resto do corpo, sem mexerem o quadril. Muito legal de assistir.
bairro alternativo de Copenhague, Christiania
Depois de um tempo, um dinamarquês veio falar comigo. Aparentemente ele era amigo do DJ, e conseguia bebida de graça. Ótimo. Porque eu adoro não ter que pagar pelo que eu estou bebendo em uma balada. Ele me apresentou a vários amigos, um dos quais era espanhol (difícil encontrar só nativos nas baladas). E eu o apresentei a todos os meus amigos. E a história sobre ele que vou escrever no blog acaba por aqui. Hehe.
No dia seguinte, mesmo chegando tarde no hostel, nós acordamos cedo para conhecer a cidade. Um dos nossos amigos já sabia o que visitar e como, então seguimos o que ele falava pra seguir. Bem que eu podia colocar algumas fotos. A gente visitou um bairro bem alternativo de Copenhague. Um bairro onde você encontra maconha para comprar bem fácil. Entramos em um bar, e, enquanto alguns de nós jogavam Pebolim, eu fiquei no meu canto, de olhos quase fechados, pensando somente no quanto eu queria dormir.
Nyhavn
A cidade é linda. Difícil de explicar. Colocarei fotos. E depois de um tempo, a gente ainda pegou um barco para fazer uma excursão marítima. Dica que a guia falava tudo em alemão, dinamarquês e inglês. E a língua dinamarquesa é bem esquisita. Parece que a pessoa está engasgando. Nem quero aprender.
No bairro alternativo de Copenhague, não se podia tirar fotos. Vai saber porque, neah. 
Já nos outros lugares, podia.
Enquanto eu estava no porto (Nyhavn) com algumas pessoas do grupo, eu estava morrendo de frio. O dia nem estava tão frio, mas eu estava morrendo de frio mesmo. E de sono. Estava cansada ainda da balada do dia anterior.
De noite, no Sábado, a gente ficou de novo bebendo no salão de jogos. E eu também joguei Pebolim com os caras do grupo. Mas quando eles saíram para um bar, eu acabei ficando no hostel.
No dia seguinte, saí de novo com eles para visitar os últimos lugares essenciais para se conhecer em Copenhague. Principalmente a Pequena Sereia.
A Pequena Sereia
A Pequena Sereia é bem pequena, na verdade. Eu acho interessante que exista uma estátua de uma mulher (quase) sereia em uma pedra. Mas também acho que ela significa pouco. É bem símbolo de Copenhague. E o lugar mais visitado. Mas não chega perto de ser o meu preferido de Copenhague (claro que eu fiz minha lista de lugares preferidos - faço isso sempre). Mas é graça. Sereias são graça.
Às três horas da tarde, a gente tinha que se encontrar no hostel para irmos embora. E lá fomos nós, mais oito horas de viagem em direção a Berlim, passando, é claro, pela balsa. E dessa vez, eu tinha esquecido de tomar o remédio contra enjôo e o tinha deixado na minha mala, lá embaixo no ônibus. Reflita. Já estava esperando passar bem mal. Mas não passei. Só mais para o final que fiquei mais tonta. Mas tudo deu certo.
Chegamos em Berlim lá pelas onze horas da noite. E foi quando todo mundo começou a entrar em pânico. Porque todo mundo tinha esquecido de pensar que não tem trens ou metrô depois da meia-noite em um Domingo. E muita gente tinha que pegar várias linhas e vários trens para chegar em casa. Eu mesma não queria, mas achava que teria que ir sozinha. Por sorte (que nunca está do meu lado, mas-), uma menina que foi para Copenhague com a gente morava perto da minha casa. Na rua do lado. Vim para casa com ela. Ainda bem. Também não tem ônibus depois da meia-noite, então tivemos que andar do ponto de ônibus até em casa, e foi bom não ter que fazer isso sozinha.
E foi mais ou menos assim a minha viagem para Copenhague. Só um detalhe: odeio o dinheiro dinamarquês. Ele é bonito. Mas é esquisito. E pra quê, neah ?

Volto logo para falar sobre a semana seguinte.
L.

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